Dspace: um software para construção de repositórios digitais

O pacote de software Dspace foi desenvolvido pelo MIT em parceria com a HP. Trata-se de um software open source, destinado à construção e manutenção de repositórios digitais. Esse sistema captura, armazena, indexa, preserva, e distribui material de pesquisa em meio digital. Maiores informações poderá ser obtida no seu sítio: www.dspace.org.

Pr material de pesquisa, entende-se todo e qualquer documento e, mesmo dados, gerados a partir de uma pesquisa, por exemplo: papers, relatórios técnicos, projetos, slides, vídeos etc.

O software Dspace utiliza o protocolo OAI-PMH – Open Archives Initiative Protocolo of Metadata Harvest. Portanto, esse software utiliza o modelo Open Archives.

Repositórios utilizando o software Dspace

Veja a lista de iniciativas que utilizam o pacote de software Dspace no sítio: http://wiki.dspace.org/DspaceInstances. Entre essas iniciativas, algumas brasileiras:

Além dessas, não poderia deixar de destacar um outro repositório, também em língua portuguesa:

Esse sítio não inclui todos os repositórios que utilizam Dspace, uma vez que essa lista é mantida pela inserção voluntária pelos responsáveis ou mantenedores de repositórios Dspace. Sabe-se que a Universidade Federal de Minas Gerais, além de outras universidades brasileiras que vêm fazendo experiências quanto à criação de seus repositórios institucionais.

Impactos do movimento de acesso livre no copyright…

Impactos do movimento de acesso livre no copyright


O movimento do acesso livre à informação vem crescendo de forma significativa, provocando modificações não apenas nos paradigmas da comunicação científica, mas também em outras áreas como a do copyright.

Recentemente, foi realizado uma pesquisa envolvendo 1226 autores que submem seu trabalhos em publicações/repositórios de livre acesso como as que seguem: Biomed Central journals, PLoS Biology e PloS Medicine, BMJ e EJCL Essa pesquisa foi realizada na web e dos 1226 autores, 355 responderam à pesquisa, portanto cerca de 29% da amostra total. Essa pesquisa foi realizada por Esther Hoorn e Maurits van der Graaf, respectivamente da University of Groningen, Faculty of Law e da Pleiade Management & Consultancy. O artigo relativo a essa pesquisa foi publicado no site DLib Magazine, edição de fevereiro de 2006, sob o título Copyright Issues in Open Access Research Journals.

Na comunicação científica tradicional, os autores transferem os seus direitos de autor para o editor ou publicador da revista. Essa pesquisa mostra mudanças nas atitudes dos autores que submetem papers nessas publicações. Esther & Maurits chegam à conclusão, a partir dessa pesquisa, que: 1) Esses autores não parecem satisfeitos em transferir os seus direitos de autor para o editor ou publicador; 2) um dos elementos chave é que os autores têm interesse em serem lidos e citados, maximizando, assim, a livre disponibilização dos resultados de sua pesquisa.

Quando foi dado a escolha entre transferir os direitos autorais e manter os seus direitos de autor, verificou-se que 71% dos autores preferiram manter os seus direitos, 22,8% mantiveram-se neutros, 3,9% não sabem e 2,3% preferem transferir os seus direitos de autor para o editor.

Uma outra questão constante dessa pesquisa foi: Quem deveria manipular os pedidos de permissão? 72,1% responderam que cabia aos autores essa manipulação, 6,2% indicaram que essa manipulação caberia às suas instituições, 9,9% deram aos editores essa responsabilidade e 11,8% não souberam responder.

Em seguida Esther & Maurity submeteram aos participantes da pesquisa a escolha de um modelo de copyright dentre 4 modelos oferecidos: (esses modelos serão apresentados abaixo, conforme consta do artigo original)

A) O autor tem permissão para todo tipo de uso, inclusive reutilização com fins comerciais, assim como terceiros têm toda a permissão de uso e reutilização com fins comerciais;

B) O autor tem permissão para todo tipo de uso, exceto para com fins comerciais; o editor da publicação Open Access recebe direitos de exploração comercial; e os terceiros têm todo o direito de uso permitido, exceto com fins comerciais;

C) O autor tem permissão para todo tipo de uso; e terceiros têm todo tipo de permissão de uso se republicar também em repositórios de acesso livre;

D) O autor mantém o direito de exploração comercial; terceiros têm todo o tipo de permissão de uso, exceto com fins comerciais

Os modelos A e C – ambos variações do compartilhamento de copyright com a licença Creative Commons – foram preferidos por 30% dos participantes da pesquisa.

O modelo B – no qual os direitos de exploração são transferidos para o editor – foi preferdo por 13%.

O modelo D – o autor detém os direitos – foi preferido por quase 46% dos participantes.

Cerca de 8% dos participantes não tinha preferência ou não sabia o que fazer.

Esses dados mostram o posicionamento dos autores com relação à comunicação científica tradicional, ou seja, a maioria prefere deter os direitos de autor ao invés de transferí-los para o editor da revista.

Trata-se de um artigo interessante e muito importante, pois apresenta mudanças nos paradigmas da comunicação científica e também nas atitudes dos autores, refletindo o impacto do movimento do acesso livre à informação científica.

Hélio Kuramoto

Portais de periódicos eletrônicos de acesso livre …

Portais de periódicos eletrônicos de acesso livre

Free Full Text (7.000 periódicos)
http://www.freefulltext.com/I.htm

Open J-Gate (3.118 periódicos)
http://www.openj-gate.com/

LivRe! (2.267 periódicos)
http://livre.cnen.gov.br/

DOAJ (2.107 periódicos)
http://www.doaj.org/

Portal de Acesso Livre da CAPES (1.050 periódicos)
http://acessolivre.capes.gov.br

FONTE: Ibict/MCT

Agência de informação promove acesso livre a perió…

Agência de informação promove acesso livre a periódicos
Hoje, 13 de março de 2006, recebí mensagem do Prof. Murilo Bastos da Cunho, divulgando o portal criado pelo Centro de Informações Nucleares (CIN) da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) contendo mais de 2000 revistas científicas de acesso livre. Nessa oportunidade, parabenizamos o CIN/CNEN pela iniciativa e, também, pela importante contribuição aderente ao movimento de acesso livre à informação científica.

Cabe ressaltar que essas revistas não necessáriamente utiliza o modelo Open Archives, portanto nem todas oferecem a possibilidade de se coletar os metadados dos seus papers . Independente desse aspecto, a oferta desse portal já constitui um avanço significativo na promoção do acesso livre à informação científica no país. Segue a divulgação desse portal:

LivRe! é um portal desenvolvido pelo MCT para facilitar a identificação e o acesso a periódicos eletrônicos de acesso gratuito na Internet . LivRe! é disponibilizado pela CNEN – Comissão Nacional de Energia Nuclear, através do CIN – Centro de Informações Nucleares, para facilitar a identificação e o acesso a periódicos eletrônicos de acesso livre na Internet.

O portal engloba periódicos científicos, de divulgação científica e boletins técnicos cobrindo todas as áreas de conhecimento. Incluem revistas científicas (journals), revistas de divulgação científica (magazines) e boletins técnicos (bulletins/newsletters). Para cada periódico são registrados a cobertura temporal, o idioma, as fontes onde é indexado, se os artigos são avaliados pelos pares (peer reviewed), comentários opcionais e a descrição feita pelo editor da publicação.
Além da apresentação dos periódicos por letra inicial do título, podem ser feitas buscas por palavras do título e por área do conhecimento segundo a classificação do CNPq . As buscas podem ser refinadas especificando-se a seleção somente de títulos avaliados pelos pares (peer-reviewed) e/ou somente títulos indexados em alguma fonte secundária.

Agora são 2.201 periódicos na crescente coleção, informações mais completas e recursos de busca ampliados são as novidades da nova versão do portal. Fale com o CIN/CNEN e indique novos periódicos para inclusão na sua área, sugira novos recursos ou corrija as falhas que identificar.

Para cada título, são registrados as descrições fornecidas pelo editor, os assuntos e o período cobertos, o idioma de publicação, quais as fontes que indexam os artigos publicados e se os mesmos passam por processo de revisão pelos pares (peer review). Todos estes dados podem ser usados para selecionar e localizar os títulos de interesse.
Criado inicialmente como instrumento do serviço de fornecimento de textos completos do MCT/Cnen , o LivRe! tornou-se de uso público com o lançamento da versão Internet.
Endereço do Portal LivRe!
http://livre.cnen.gov.br/Sobre.htm

O manifesto brasileiro de apoio ao acesso livre à …

O manifesto brasileiro de apoio ao acesso livre à informação científica

O Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia acompanha desde 2000 as iniciativas que deram subsídios para o crescimento do movimento internacional em prol do acesso livre à informação. Em 2000, surge o Open Archives Initiative (OAI), iniciativa que estabeleceu padrões e ideais para a construção de repositórios Open Archives (OA). Esses repositórios, utilizando esses padrões, ganham a flexibilidade de se integrar a outros repositórios que, também utilizam os ideais e padrões OA.

Desde então, o Ibict vem estudando e absorvendo esses conhecimentos e em meados de 2002 faz o seu primeiro empreendimento utilizando o modelo OA, a Biblioteca Digital de Teses e Dissertações. Hoje, essa biblioteca integra 22 outras bibliotecas digitais de teses e dissertações implantadas nas suas respectivas instituições de ensino superior (IES), compondo um acervo de cerca de 18 mil teses e dissertações em texto integral. Outras iniciativas utilizando esse modelo estão em curso no Ibict. O Instituto tem, portanto, condições técnicas e tecnológicas de se integrar a esse movimento.

Após o estabelecimento da Declaração de Berlim, o Ibict foi convidado a aderir formalmente a essa iniciativa. No entanto, devido à sua situação administrativa e política, bastante fragmentada em função das diversas mudanças na sua direção, o Ibict não aderiu de imediato a essa iniciativa. Apesar disso, o Instituto continuou acompanhando e trabalhando no sentido de se preparar a se subscrever à Declaração de Berlim. Com a escolha do novo diretor do Ibict, em meados de 2005, mediante um processo inédito, transparente e aberto, houve condições de o Instituto se inserir mais fortemente, respaldado por esse novo diretor. Nesse contexto, onde o Ibict se fortalece politica e administrativamente, surge a oportunidade de elaborar e lançar um manifesto brasileiro de apoio a esse movimento.

Assim, em 13 de setembro de 2005, o Ibict lançou, em uma videoconferência, o manifesto brasileiro de apoio ao acesso livre à informação científica. Esse evento foi realizado com a presença da Academia Brasileira de Ciência e de várias sociedades e associações científicas, inclusive da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, por meio de seu presidente, Prof. Dr. Ênnio Candotti. Esse evento contou ainda com a presença de vários pesquisadores, técnicos de informação e cientistas da informação. A videoconferência foi realizada com a integração de 6 pontos de videoconferência: Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Fortaleza, São Paulo, Campinas e Florianópolis. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) teve um papel importante nesse evento, sem o seu apoio técnico e tecnológico essa videoconferência não seria realizado.

A elaboração desse manifesto contou com a colaboração da Profa. Dra. Sely Maria de Souza Costa, do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília. O manifesto, mais do que um simples documento de apoio ao movimento internacional em prol do acesso livre à informação constitui-se em uma referência contendo diversas recomendações para que se consiga alcançar o objetivo de acessar livre a infomação, em especial a científica. As bases para a elaboração desse manifesto foram as mesmas que orientaram a elaboração da Declaração de Berlim. Uma dessas premissas é a idéia de que os resultados de uma pesquisa financiada com recursos públicos sejam de acesso livre. Assim, uma vez que a grande maioria das pesquisas são financiadas com recursos públicos via as agências de fomento, foram inseridas nesse manifesto diversas recomendações para essas agências, para as instituições de ensino superior e de pesquisa e para os pesquisadores.

Esse documento deverá constituir-se, assim, em um guia para as discussões e efetivo estabelecimento da Política Nacional de Acesso Livre à Informação Científica.

Após esse evento, verificou-se um certo mal entendido com relação a essa iniciativa. Alguns setores da comunidade científica a entenderam como um ameaça ao Portal de Periódicos da Capes, ou que o Ibict estaria, por meio desse manifesto, tentando enfraquecer o portal. Esse entendimento é uma grande inverdade. Aliás, na apresentação do manifesto na videoconferência, fiz questão de ressaltar que o manifesto era uma iniciativa complementar ao Portal de Periódicos da Capes e não havia da parte do Instituto qualquer intenção de enfraquecê-lo. Entendemos, nós do Ibict, que o Portal é importantíssimo para a pesquisa brasileira, tendo em vista que esse portal oferece à comunidade científica o acesso aos mais importantes periódicos científicos necessários ao desenvolvimento científico do país.

A questão dos periódicos científicos, relacionada com o seu alto custo, não é um privilégio brasileiro, todas as bibliotecas de todo o mundo vêm enfrentando dificuldades na manutenção de suas coleções de periódicos científicos, razão pela qual, o movimento em prol do acesso livre vem crescendo substancialmente e o Brasil não pode ficar à margem desses acontecimentos. É por essa razão que o Instituto vem acompanhando e absorvendo as tecnologias utilizadas na construção dos repositórios de acesso livre. O Brasil é hoje o quarto país em termos de quantidade de repositórios. Não se pode, portanto, ficar alheio a esse movimento. É imprescindível que o país se insira nesse contexto, empreendendo ações que proporcionem à comunidade científica brasileira o acesso livre à informação.

Hélio Kuramoto

Declaração de BerlimEm 2003, realizou-se em Berlim…

Declaração de Berlim
Em 2003, realizou-se em Berlim, durante os dias 20 a 22 de outubro, a Conference on Open Access to Knowledge in the Sciences and Humanities, sob os auspícios do Max Planck Institute. Esse evento deu origem à declaração de Berlim, a qual estabeleceu o seguinte objetivo:

“A nossa missão de disseminar o conhecimento estará incompleta se a informação não for tornada rapidamente acessível e emlarga escala à sociedade. Novas possibilidades de difusão do conhecimento, não apenas através do método clássico, mas também, e cada vez mais, através do paradigma do acesso livre via Internet devem ser apoiadas. Nós definimos o acesso livre como uma fonte universal do conhecimento humano e do património cultural que foi aprovada pela comunidade científica.
Para concretizar esta visão de uma representação global e acessível do conhecimento, a Web do futuro tem de ser sustentável, interactiva e transparente. Conteúdos e ferramentas de software devem ser livremente acessíveis e compatíveis.”

Diversos institutos de pesquisa europeus, pesquisadores e organismos internacionais aderiram a essa iniciativa.

Além disso, essa declaração estabelece um marco importante no movimento internacional de acesso livre à informação, destacando-se a importância de os resultados de pesquisas financiadas com recursos públicos serem de livre acesso. Essa declaração destaca também a importância da convergência tecnológica para promover alternativas de solução para a comunicação científica. A íntegra dessa declaração pode ser lida no link acima, como também no lado direito desse blog, no quadro “Related sites”.

Hélio Kuramoto

A quem impacta o Movimento Internacional do Livre …

A quem impacta o Movimento Internacional do Livre Acesso à Informação Científica e Tecnológica?

São poucos os eventos, no Brasil, preocupados em debater o acesso livre à informação. Uma dessas poucas oportunidades ocorreu na FNAC Pinheiros, no último de 6 de marçoàs 19 horas, em São Paulo, promovida pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), em parceria com a FNAC, sob o título Debate: Café Intercom – Livre acesso à informação.

A FNAC Pinheiros e a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM dão inicio ao projeto Café INTERCOM. Acompanhados por um café da tarde, estudantes, jornalistas, sociólogos, escritores, associados Intercom e o público em geral são convidados a debater os vários temas que demarcam a Comunicação e seus desdobramentos. O Café INTERCOM acontece em cinco edições, durante as primeiras segundas-feiras de cada mês. Neste primeiro debate com o tema “A quem impacta o Movimento Internacional do Livre Acesso à Informação Científica e Tecnológica?”, o Café INTERCOM será conduzido pela Profa. Sueli Ferreira, da Escola de Comunicações e Artes da USP, com a participação do Dr. Hélio Kuramoto, coordenador de projetos especiais do IBICT, do Dr. Rogério Meneghini, coordenador da SCIELO, do Dr. Lewis Joe Greene, representante da ABEC e do Prof. Marcius Freire, representante da área de Comunicação junto à CAPES.

O primeiro a se apresentar foi o autor desse blog, que teve uma excelente oportunidade para divulgar as ações do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), em particular, o estabelecimento da Política Nacional de Acesso Livre à Informação Científica. Além das ações, este autor discutiu a posição do Brasil face aos países desenvolvidos na classificação de quantidade de repositórios por países. O Brasil aparece em quarto lugar, atrás apenas dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha.

Em seguida, o Dr. Rogério Meneghini fez a sua apresentação, comentando sobre o cadeia da comunicação científica, destacando as dificuldades desse processo e, considerando que o Brasil possui, atualmente, uma boa comunicação científica, a qual se encontra amplamente representada no Scielo. A sua apresentação enfocou essa iniciativa como sendo uma das prinipais no Brasil, sendo a pioneira no acesso livre à informação científica. O Dr. Rogério Meneghini salientou a importância das ações do Ibict, considerando-as um avanço com relação ao movimento do acesso livre no Brasil.

O Dr. Lewis Joel Greene, representante da Associação Brasileira de Editores Científicos, falou em seguida, destacando rapidamente as definições do Open Access, obtidas por meio de um artigo de Peter Suber, distinguindo as publicações cieníficas eletrônicas de acesso livre, as quais são peer reviewed e os repositórios ou archives open access, que segundo ele, estas últimas não são peer reviewed. No mais, o Dr. Greene se deteve em discutir os indicadores de qualidade do Scielo.

O último convidado a falar foi o Dr. Marcius Freire, representante da área de comunicação junto à Capes. O Dr. Freire apresentou os principais números sobre o Portal de Periódicos da Capes, ressaltando a sua importância para a comunidade científica brasileira.

É importante fazer, no entanto, apenas uma pequena ressalva quanto à afirmação do Dr. Greene, o qual comenta que os repositórios ou open archives não são peer reviewed. Essa ressalva é feita como forma de evitar propagar idéias imprecisas.

Na realidade, não podemos generalizar essa idéia, uma vez que as iniciativas vêm tendo o cuidado de separar aqueles repositórios que são revisados pelos pares ou cujos papers depositados foram revisados pelos pares, uma vez que estes foram publicados em revistas científicas tradicionais, portanto, foi objeto de avaliação pelos pares, daqueles repositórios que aceitam todo o tipo de papers e documentos. Esses últimos existem de fato, da mesma forma que existem as bibliotecas digitais de teses e dissertações, cujos documentos passaram pela revisão pelos pares, uma vez que uma banca examinadora é constituída de pesquisadores especialistas que avaliam a tese ou dissertação , objeto daquela banca.

De uma forma geral, esse evento foi muito concorrido, uma vez que inúmeros técnicos, pesquisadores e estudantes, tanto da área de ciência da informação quanto da área de ciência da comunicação, estiveram presentes. Iniciativas como essa deveriam se multiplicar, não apenas para divulgar esse movimento, mas principalmente para discutir e esclarecer questões como essa apresentada pelo Dr. Greene.

Hélio Kuramoto